A voz da cidade, eu sou
Poeta, sambista, em verso e prosa
No coração da Flor de Liz
Sou Adoniran Barbosa
No palco do samba
“Dá licença di contá”
A minha história, minha trajetória
Pra te encantar
No interior, caçula João, nasci
Na escola da vida, aprendi
Sonhei em ser artista
Na terra da garoa, eu venci
Ganhei o fruto de uma paixão
Vivi um amor pra vida inteira
No rádio e nas telas, alegria
Sou filho da boemia
Fui a voz do povo
Declamada em paulistanas poesias
Ó Iracema!
Saudosa maloca, maloca querida
Na voz de grandes sambistas,
O “Trem das onze” encantou
Recriei em arte a minha história
Parti, mas fiquei na memória
Hoje, minha zona sul é emoção
Azul e branco é meu pavilhão.
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